1 - INTRODUÇÃO

Na década de 1980, um esforço considerável foi empreendido para desenvolver um padrão de comunicação digital para dispositivos de campo. O crédito é devido aos membros do comitê SP50 do ISA (Instruments Society of America) que passaram anos definindo os requisitos técnicos e construtivos de um consenso para um padrão de comunicação digital de campo.
Nesse ínterim, os principais fornecedores de equipamentos de controle de processo começaram a trabalhar para criar seus padrões de comunicação digital proprietários. Esses múltiplos esforços resultaram em diversos protocolos concorrentes, mas incompatíveis entre si.
A organização Foundation Fieldbus surgiu em 1994, da união de dois grupos de empresas internacionais denominadas ISP (Interoperable Systems Project) e WorldFIP (World Factory Instrumentation Protocol). Ambos os grupos tinham como finalidade desenvolver uma tecnologia que pudesse ser usada em áreas classificadas, ou seja, áreas onde há ou existe a possibilidade de formação de atmosferas explosivas. Essa organização, existente até hoje, cuida da manutenção e evolução deste protocolo.
Os fabricantes, usuários finais, instituições acadêmicas e outras partes interessadas se tornaram membros da Foundation Fieldbus e desenvolveram especificações abertas, não proprietárias, conhecidas como Foundation Fieldbus (FF). Esta solução de comunicação digital avançada foi projetada desde o início para suportar aplicações de controle de missão crítica, nas quais alta confiabilidade na transferência e tratamento de dados é essencial. O protocolo FF foi desenvolvido para substituir as redes e sistemas incompatíveis por uma arquitetura aberta, totalmente integrada e distribuída, permitindo controle em tempo real.
Com a tecnologia FF, os usuários ganharam o poder de implementar sistemas de controle digital totalmente integrados com base na arquitetura do sistema unificado e um backbone de alta velocidade para as operações da planta. Este, por sua vez, eliminou as restrições anteriormente experimentadas com a interoperabilidade de dispositivos e sistemas.
A IEC (International Electrotechnical Commission) decidiu incluir as especificações Foundation H1 e HSE na norma IEC 61158 fieldbus international. O bureau técnico CENELEC (Comité Européen de Normalisation Électrotechnique) acrescentou as especificações Foundation H1 à EN 50170 (Euronorm). Além disso, a Fundação H1 é a única implementação do padrão ANSI/ISA-50.02.
No início de 2006, a fundação anunciou que a TÜV (uma agência de testes global, independente e credenciada, voltada para as áreas de automação, software e tecnologia da informação) havia concedido aprovação ao protocolo FF para suas especificações Fieldbus. Esta aprovação contribuiu para possibilitar o atendimento da crescente demanda mundial por tecnologias de instrumentação de segurança baseada em padrões, como incorpora o protocolo Foundation Fieldbus.
Associações de usuários finais internacionais como NAMUR (Alemanha) e JEMIMA (Japão) manifestaram apoio à tecnologia Foundation, refletindo as impressões da comunidade de utilizadores finais, que contribui com o FF desde o desenvolvimento da sua especificação.

A aprovação e apoio de importantes órgãos internacionais do setor deu aos usuários a confiança no fato de que seus investimentos nas soluções de controle da FF foram baseados em padrões globais reconhecidos.

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